Atualizando: caminhonete encontrada enterrada é de desaparecidos em Icaraíma, mas estava vazia.
Polícia segue buscas pelos quatro homens sumidos desde agosto.
A Polícia Civil confirmou na noite desta sexta-feira (12) que a caminhonete encontrada enterrada em uma área rural de Icaraíma, no distrito de Vila Rica do Ivaí, não tinha corpos em seu interior. O veículo, uma Fiat Toro branca, foi localizado durante a tarde por equipes da Polícia Militar Ambiental após uma denúncia anônima.
De acordo com as investigações, a caminhonete era a mesma usada pelos três cobradores que saíram do interior de São Paulo em direção ao Paraná, acompanhados de um credor, para realizar uma cobrança. Trata-se de uma Fiat Toro branca, ano 2019, com placas FTV-9H79, de Olímpia (SP). A documentação do automóvel não está em nome de nenhum dos desaparecidos.

Tenente Guilherme Schneider
O tenente Guilherme Schneider, da Polícia Militar Ambiental, informou que o veículo apresenta perfurações de tiros e vestígios de sangue. Ele não revelou detalhes sobre a denúncia que levou a polícia ao local, afirmando apenas que “as informações serão tratadas pela Polícia Civil, que continua conduzindo o inquérito”.
Uma segunda autoridade ouvida pela reportagem reforçou que não está descartada a possibilidade de os corpos aparecerem em circunstâncias relacionadas ao caso. “No momento certo a imprensa e a comunidade terão todas as informações”, declarou.
Até o início da noite, a caminhonete permanecia parcialmente soterrada, mas já era possível afirmar que não havia corpos em seu interior. Peritos trabalham para levantar evidências que possam ajudar a esclarecer o paradeiro dos quatro homens.
O desaparecimento
O caso teve início em 5 de agosto, quando Diego Henrique Afonso, Rafael Juliano Marascalchi e Robishley Hirnani de Oliveira, junto ao credor Alencar Gonçalves de Souza, saíram de Umuarama em direção a uma propriedade rural da família Buscariollo, em Icaraíma, para cobrar uma dívida.
Por volta das 11h, familiares receberam o último contato telefônico informando que estava tudo bem. Logo depois, os celulares foram desligados e nunca mais houve notícias do grupo.
A ausência da caminhonete se tornou uma das principais linhas de investigação, já que o veículo sumiu no mesmo dia que os quatro homens.
Angústia e desinformação
Durante as semanas seguintes, circularam rumores e vídeos falsos nas redes sociais, levantando hipóteses de execução. Familiares, no entanto, desmentiram o conteúdo, reforçando que se tratava de especulações cruéis.
Avanço nas investigações
Com a localização da Fiat Toro, a polícia busca agora identificar quem a escondeu no local, em quais circunstâncias isso ocorreu e qual a ligação direta com o desaparecimento. O inquérito segue em sigilo, mas as autoridades afirmam que a descoberta representa um avanço significativo nas investigações.





















