Fiat Toro de desaparecidos é achada com vestígios de sangue e tiros em Icaraíma
Uma bilhete deixado na casa de um dos desaparecidos indica aonde podem estar os corpos
A caminhonete Fiat Toro branca, utilizada pelos quatro homens desaparecidos em Icaraíma, foi encontrada enterrada em uma propriedade rural no distrito de Vila Rica do Ivaí, na tarde desta sexta-feira (12). O veículo apresentava marcas de disparos de arma de fogo e vestígios de sangue, porém nenhum corpo foi localizado.
As equipes de busca trabalham com a possibilidade de que os desaparecidos estivessem sob o veículo, que estava parcialmente enterrado dentro de um bunker. A retirada foi dificultada porque uma árvore havia sido serrada sobre o buraco.
O achado mobilizou diversas forças de segurança, incluindo a Polícia Ambiental, o Grupo Tigre, peritos criminais e o Instituto Médico Legal (IML).
Uma carta anônima foi deixada em uma sacola presa à porteira da casa dos familiares de um dos desaparecidos, na quinta-feira (11). O bilhete, escrito em português precário, indicava o suposto local onde estariam os corpos: “O corpo dos homens estão no sítio da dona Anunciata. Estrada da Jundia, na mata do tenente, dentro de carro enterrado. O sítio é a 500 metro da igrejinha”. O material foi entregue à polícia.
No entanto, no início da noite de sexta-feira (12), o comandante do Batalhão da Polícia Ambiental de Maringá, capitão Alcimar, informou que a caminhonete Fiat Toro foi localizada em um ponto diferente do indicado na carta. O veículo apresentava vestígios de sangue e marcas de disparos, mas nenhum corpo foi encontrado.
Nesta sexta-feira (12), completaram-se 37 dias do desaparecimento de Rafael Juliano Marascalche (43), Diego Henrique Afonso (39), Robishley Hirnani de Oliveira (53) e Alencar Gonçalves de Souza.
De acordo com as investigações, Rafael, Diego e Robishley foram contratados por Alencar para cobrar uma dívida de R$ 255 mil resultante de um desacordo comercial com Antonio Buscariollo (66). O grupo foi visto pela última vez em uma padaria de Icaraíma, na manhã de 5 de agosto, antes de seguir em direção à propriedade do devedor.
A Polícia Civil segue investigando o caso, que mobiliza equipes da Polícia Ambiental, Grupo Tigre, Instituto Médico Legal e peritos criminais. Toda a área permanece isolada, inclusive para a imprensa.
Fonte: Umuarama Ilustrado
