Governo bate o martelo sobre o retorno do Horário de Verão
Por enquanto, não há confirmação do retorno do horário de verão em 2025
Suspenso desde 2019, o horário de verão voltou a ser tema de debate no Brasil, mas sua eficácia no contexto atual do sistema elétrico é questionada por especialistas.
O Ministério de Minas e Energia (MME) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirmam que a medida perdeu relevância diante das transformações no padrão de consumo energético da população.
Tradicionalmente adotado para reduzir o uso de eletricidade aproveitando a luz natural no início da noite, o horário de verão se tornou menos eficiente devido ao crescimento do uso de aparelhos de ar-condicionado, que deslocou o pico de consumo para o período da tarde.
Em fevereiro de 2025, por exemplo, o Brasil registrou um recorde de demanda de 103.785 MW às 14h42, o que reforça a mudança no comportamento do consumo. Além disso, a ampla substituição das lâmpadas incandescentes e fluorescentes por tecnologia LED reduziu o impacto da iluminação na conta de energia, diminuindo ainda mais os benefícios da medida.
De acordo com estudos do MME, uma possível reintrodução do horário de verão só seria considerada em situações extremas, como em cenários de escassez energética.
O ONS, por sua vez, projeta que o sistema elétrico nacional está preparado para atender à demanda pelo menos até 2026, com base nos recursos disponíveis.
Entre as estratégias adotadas para garantir essa estabilidade estão o reforço na produção hidrelétrica, ajustes nas operações das usinas em períodos de seca para preservação dos reservatórios, além da diversificação das matrizes de geração e programas de eficiência energética.
O governo seguirá realizando simulações e estudos de impacto, mas aposta em alternativas estruturais para manter a segurança energética do país.
Por enquanto, não há confirmação do retorno do horário de verão em 2025.





















